O que é e como funciona o PIX?
No dia 19 de fevereiro o Banco Central anunciou sua nova tecnologia de pagamentos instantâneos que será lançada ainda em 2020. O novo modelo permitirá que pagamentos sejam realizados 24 horas por dia e em menos de 10 segundos, barateando ainda o custo das operações.
Os tipos de operações até então utilizados como TEDs e DOCs entre contas bancárias e pagamentos através de boletos, transações físicas e por cartões ou dinheiro vivo podem oferecer maior risco ao consumidor ou levar até dias para se concretizarem. Além disso, algumas instituições chegam cobrar um valor muito mais elevado chegando a R$20 no caso dos TEDs.
O PIX, que funcionará a partir do dia 3 de novembro, torna-se uma alternativa para agilizar as transações e baratear seus custos que para instituições são de apenas R$0,01 a cada 10 operações e zero para o consumidor.
O nome escolhido pelo Banco Central ao novo modelo de transações, não é uma abreviação ou sigla, mas um termo que remete tecnologia, transação e pixel. A ideia é que seja tão simples como um bate-papo em redes sociais – inclusive no nome!
Como funciona hoje?
Para entender como funciona o PIX, primeiramente precisamos entender o panorama das operações financeiras atuantes antes de sua criação. Se não tem dúvidas quanto a isso e prefere ir direto ao ponto, pode pular pro nossos últimos tópicos. =]
TED (Transferência Eletrônica Disponível)
- Em dias úteis o dinheiro é creditado na conta de destino até as 17 horas daquele mesmo dia;
- Podem levar até 30 minutos caso realizado nos horários de 6h30min às 17h;
- Nos finais de semana, são finalizados somente no próximo dia útil, podendo levar até dias para serem finalizados;
- Não existem limites mínimos ou máximos de montante de envio;
- Necessário CPF/CNPJ do beneficiário e dados bancários (nº da conta corrente ou poupança, nº da agência e nome do banco), caso os dados estejam incorretos será realizada a devolução para conta de origem;
- Os preços cobrados em caixas eletrônicos ou online costumam ser mais baratos do que nos caixas físicos;
- Alguns bancos online podem não te cobrar pela transferência;
DOC (Documento de Ordem de Crédito)
- O dinheiro cai na conta de destino no dia útil seguinte;
- Caso a transferência seja feita após as 22h pode levar até dois dias úteis;
- Possui valor máximo de R$ 4999,99 de transferência;
- Necessário CPF/CNPJ do beneficiário e dados bancários (nº da conta corrente ou poupança, nº da agência e nome do banco), caso os dados estejam incorretos será realizada a devolução para conta de origem;
- Os preços cobrados em caixas eletrônicos ou online também costumam ser mais baratos do que nos caixas físicos;
Pagamentos por boletos
- Deve ser emitido pelo vendedor;
- Possui data de vencimento e, caso seja descumprida, deve ser emitido um novo, podendo causar novos transtornos;
- Considerado por alguns mais seguro pois não é necessário informar os dados do comprador;
- Para emissão é necessário ter conta corrente ou poupança aberta em instituições homologadas e informar CPF/CNPJ e seus dados bancários;
- De um a três dias úteis para recebimento de notificação de pagamento;
- Taxas fixas por emissão variando de R$1 a R$10 dependendo da instituição;
Pagamentos por cartão
- Não é necessário ter conta em banco;
- Pode possuir um limite acordado entre a instituição e o usuário, levando em consideração seu histórico e relacionamento;
- Possui data de vencimento de fechamento da fatura mensal e do pagamento da fatura;
- Pode ter juros ou custos de avaliação emergencial de crédito, caso o usuário nãpeça emergencialmente um novo limite;
- Incide IOF (Imposto sobre operações financeiras) que pode chegar a 6,38% dependendo do caso;
- Pode ter uma anuidade cobrada ao usuário;
- Pode ter uma taxa de pagamento de contas nos casos de pagamento de conta de água, luz, tributos, etc;
- Pode ter tarifa de saque do dinheiro;
- Pode ter tarifa de emissão de segunda via em casos de perda ou cancelamento;
- Podem incluir outras tarifas mediante a assinatura do contrato;
Você também pode buscar as tarifas cobradas pela sua instituição clicando aqui, porém é mais seguro que você solicite o contrato e confira o CET (Custo Efetivo Total).
Como funciona o PIX?
Como já vimos, o Pix será uma alternativa a esses meios de pagamento já existentes funcionando 24 horas por dia, 7 dias na semana e realizando as transações tempo real (em segundos) sem a intermediação de um terceiro.
Para utilizar o PIX, será necessário que tanto o pagador quanto o recebedor tenham conta bancária (não necessariamente corrente), em instituição de pagamento ou fintech.
Os custos deverão ser obrigatoriamente gratuitos para pessoas físicas mas não necessariamente para empresas.
Essas transações, segundo o BC, podem ser feitas entre pessoas, pessoas e estabelecimentos comerciais, entre dois estabelecimentos ou para entres governamentais (em casos de impostos e taxas).
Como fazer transações com o Pix?
Segundo o Banco Central as transações poderão ser feitas de diferentes formas:
- Informando os dados bancários de quem vai receber o pagamento - nome completo, CPF, número da instituição, agência e conta;
- Informando uma chave Pix, que o usuário poderá adicionar a uma conta que já possui (essa chave pode ser o número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ);
- Ou também através da leitura de QR Codes
O que são as chaves Pix?
Pelo Banco Central, as chaves Pix são "apelidos" utilizados para identificar a sua conta representando o endereço da sua conta no Pix. Poderão ser adicionados quatro tipos de chave Pix a uma conta: CPF ou CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou a chamada chave aleatória. A chave aleatória vai poder ser gerada a qualquer momento por aplicativo para que não seja preciso repassar dados pessoais a quem fará o pagamento.
Pessoas físicas poderão registrar até cinco chaves Pix por conta da qual seja titular e pessoas jurídicas, até 20 chaves por conta. Não existe um limite total de chaves que cada pessoa pode cadastrar em determinada conta.
Não é possível, entretanto, adicionar uma mesma chave em mais de uma conta, ou seja, se você adicionar seu CPF como chave do Pix em uma conta, não poderá adicioná-lo em outra conta, sendo necessário fazer a portabilidade de chaves para mudar o vínculo de uma chave.
Transações com Pix via QR Code
Neste caso, o usuário ou estabelecimento que receberá o valor apresentará um QR Code, que poderá ser lido por qualquer tipo de smartphone.
Segundo o BC, cada tipo de QR Code existem dois possíveis métodos de utilização:
- O QR Code estático poderá ser usado em múltiplas transações e permitirá que seja definido um valor para um produto ou de um valor pelo pagador. Ele poderá ser usado para transferências entre duas pessoas, por exemplo;
- O QR Code dinâmico pode apresentar informações diferentes a cada transação e permitirá que sejam incluídas informações adicionais sobre elas;
Conclusão
O PIX se torna uma bela alternativa para os problemas enfrentados diariamente pelos usuários melhorando ainda mais sua experiência. Com a implementação do PIX pelas principais instituições financeiras, utilizar o Zizuh ficará ainda mais rápido e barato para todos os envolvidos.
Se você ainda possui dúvidas de como funcionará pode nos buscar através do nosso chat ou clicar aqui para verificar as perguntas frequentes no próprio site do Banco Central. Você ainda pode conferir aqui o artigo do BC informando o usuário sobre o PIX.